GÁS GLP E GN – ENERGIAS LIMPAS
O mundo, cada vez mais, necessita de energia para girar a roda da existência humana, uma corrida incessante por maiores estoques e opções vem passando por transformações e desenvolvendo novas formas de gerar energia: eólica, solar para aquecimento de água e para produção de energia elétrica (Fotovoltaica). Estas fontes estão compondo e ganhando espaço, mas ainda não tem volume para ser colocada como uma matriz energética alternativa.
O combustível fóssil continua sendo a solução para os grandes volumes exigidos, e neste mosaico de fontes de energia fósseis estão carvão, petróleo, gás GLP derivado do petróleo e o gás natural disponível na natureza e pode ser produzido por processos fabris.
Em cada lugar do mundo o homem faz escolhas para garantir o fornecimento de energia que supra as demandas das industrias e da população no sentido de aquecimento de água e cocção, estas escolhas historicamente foram feitas a partir das características e disponibilidade de materiais na região.
Com o crescimento populacional e a preocupação com a qualidade de vida, o ser humano está buscando alterar o tipo de combustível que utiliza quando este não é o mais ecológico, exemplo: países que usavam carvão fizeram e estão fazendo um esforço para mudar para uma alternativa enérgica que resolva o problema da demanda e ao mesmo tempo seja menos poluente, este movimento pode ser percebido nos países que estão buscando diminuir essa utilização por uma outra fonte mais limpa como o gás.
No Brasil a escolha das matrizes energéticas, seguiram inicialmente dois pilares: A demanda da indústria e domestica no caso banho. O GLP para demanda de cocção. A solução muito bem arranjada levando em consideração a nossa capacidade hídrica gerando energia elétrica e peculiaridade do GLP que ao ser engarrafado torna-se relativamente simples seu transporte, por conta da nossa malha rodoviária.
O gás é uma alternativa para atender às demandas mundiais, pois tem disponibilidade de volume e é considerado relativamente limpo.
O gás natural inicialmente não entrou neste contexto, mas com o advento das descobertas de jazidas de gás na bacia Guanabara e a construção da tubulação Brasil/Bolívia. O gás GN passa a ser uma opção viável para atender algumas demandas que a hidrelétrica e o GLP não atendiam efetivamente. Como cidades com grande concentração populacional e processo de verticalização em andamento acelerado, concentração de parques industriais atrelados a estas cidades populosas, a construção de termoelétricas.
Estes fatores contribuíram para o ingresso do gás GN de forma importante nestes nichos.
Hoje estamos vivenciando uma pequena guerra nestes grandes centros de consumo de gás, ou seja, o GLP e o GN lutam um para ganhar cada vez mais a parcela nos locais com as características já mencionadas e o GLP luta para não perder sua fatia e como pano de fundo uma Petrobras que tem o controle de fornecimento das duas energias.
O GLP produzido a partir do refino do petróleo, ou seja, uma desarticulação em larga escala do GLP vai criar uma condição de desequilíbrio no processo de refino, isto hoje aparentemente não é um problema, mas virá a ser num cenário de aumento do refino e o avanço do GN sobre o mercado originalmente pertencente ao GLP, e também sobre a matriz Hidroelétrica, pois cada vez mais se usa menos energia elétrica para aquecer água.
Enquanto esta luta for no varejo ela seguirá a lei mercado, mas, quando assumir proporções de escala, iremos assistir a Petrobras tendo que fazer regulação de demandas. Tecnicamente se não houver interferência, esta luta será perdida pelo GLP, mas como as demandas são crescentes isto não é um problema, pois o gás é a energia que prospera.
Por Mauro Santos
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